sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Em 2012, o que estava acontecendo na Educação? E na Educação Infantil?

 


A Secretaria Municipal de Educação lançou o Projeto Arte Educação no centenário de Gonzagão, Projeto Mala Literária e estavam sendo organizadas as Orientações Curriculares Municipais para cada etapa de ensino da Educação Básica. Foi nesse cenário que eu (Claudinéia) cheguei para a Equipe de Educação Infantil, para atuar no Projeto Tanto canto, tanto conto! com contação de histórias.



Na Educação Infantil, as Técnicas Deise Mari Azevedo e Valéria Rocha realizavam encontros para estudos e inferências no documento que se constituiu em Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil no município de Itaberaba – Ba. Com a aprovação da Matriz Curricular para a Educação Infantil, contendo como componentes curriculares os Eixos de Conhecimentos: Artes Visuais; Música; Movimento; Identidade e Autonomia; Linguagem oral e escrita; Matemática e Natureza e Sociedade. Feitos com base nos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (RCNEI). Foi previamente organizado pelas Técnicas Pedagógicas contendo: Os objetivos gerais da Educação Infantil, Princípios norteadores para o trabalho na Educação Infantil, Princípios norteadores para a avaliação, Princípios norteadores para a exploração de cada componente curricular/Eixo de conhecimentos. Neste último princípio, foram organizados quadros:

 

Expectativas de aprendizagens de cada Eixo para o Maternal / Creches (crianças de três anos, que é a faixa etária que o nosso município atende);

  •     Orientações didáticas de cada Eixo de Conhecimento para o Maternal
  •     Expectativas de aprendizagens para o 1º e o 2º Períodos /Pré Escola (crianças de quatro e cinco anos);
  •     Orientações didáticas de cada Eixo de Conhecimento para o 1º e 2º Períodos / Pré Escola
  •    Os objetivos gerais da Educação Infantil, Princípios norteadores para o trabalho na Educação Infantil,

As orientações e estudo das Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil e da Resolução 05/2009 que fixa as Diretrizes Nacionais para a Educação Infantil propostos pelas Técnicas Pedagógicas para todas as profissionais da Educação Infantil pautavam:

  •   Análises e inferências nas Diretrizes (documento que estava sendo organizado);
  •   Diálogos sobre o planejamento considerando a possibilidades de integração dos Eixos/ Componentes curriculares no planejamento;
  •   Desenvolvimento de atividades lúdicas e atividades sistematizadas (impressas); complexibilidade das atividades propostas que apresentam para o as turmas de cinco anos, em relação às turmas de quatro anos, embora tenham as mesmas expectativas de aprendizagens nas diretrizes;

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  Reflexões sobre o desenvolvimento de propostas didáticas considerando as Diretrizes Curriculares e a Matriz Curricular evitando o foco nas datas comemorativas.  “O foco deveria ser o desenvolvimento das crianças”.

Estes encontros para estudos e análises, fecharam o ciclo de organização das Diretrizes Curriculares, as quais passaram a ser o documento norteador para a organização curricular da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino em 2012. Com a organização do referido documento, alinhou-se com os indicadores de aprendizagem presentes no Diário de Classe já discutido em 2011.

Ainda em 2012, as Técnicas Pedagógicas, apresentaram para as profissionais da rede de ensino, o monitoramento técnico por meio de visitas de acompanhamento das ações pedagógicas, tendo como instrumentos de registros, fichas de observação sobre:

  •      A organização documental;
  •      Ações da Coordenação pedagógica;
  •      Gestão da aula e práticas docentes;
  •      Relação com as crianças.

As visitas de acompanhamento mostraram diversos indicadores para a organização de novas etapas de estudos. Algo muito positivo para as formações e alinhamento das práticas. Muitas temáticas foram percebidas. As Técnicas realizaram a escuta junto às Coordenadoras pedagógicas, para que indicassem as necessidades de formações, a partir daí projetaram novos ciclos de encontros formativos.

Os encontros formativos continuaram a ser realizados para as professoras e as coordenadoras pedagógicas em horário de serviço. Com a mesma organização de uma logística para que não suspendessem as aulas. De forma que, quando as professoras titulares das turmas estivessem na formação, as professoras auxiliares assumissem as turmas naquele turno. E vice-versa.


Oficina de Movimento e desenvolvimento psicomotor da criança

 


 


Para ver mais informações acesse os links abaixo:

I Oficina: Movimento e Desenvolvimento Psicomotor da Criança



Projeto  Tanto canto, tanto conto!

No segundo semestre de 2012, foi iniciada a proposta de contação de histórias com o Projeto Tanto canto, tanto conto! Foi executado em algumas instituições e depois foi redimensionado. Passou a ser Tanto corto, tanto colo. A ideia inicial que era formação sobre contação de histórias sendo realizada cada instituição escolar envolvendo os professores e a interação com crianças. Com a redimensionamento, passou a ser oficina para produzir recursos nomeada de Tanto corto, tanto colo!. Sendo realizada em espaços formativos, somente com os professores e coordenadores, sem a presença das crianças.




Projeto Tanto canto, tanto conto!

Para ver mais informações acesse o link abaixo:

Tanto Corto, Tanto Colo! Parte 1- Produção de Recurso de Apoio

Contação de Histórias e Vivências Lúdicas com bonecas Lis e Beijinho Doce



Oficinas de Produção de recursos de apoio pedagógico

Produções - Tanto Corto, tanto colo!

Oficina Tanto Corto, Tanto Colo! Parte 2 - Apreciação

   


Investigação e experimentação dos recursos




Exposição das produções


Para ver mais informações acesse o link abaixo:

Exposição das Produção


Ainda em 2012...

Aconteceu o I Show de Talento Infantil no auditório do INSME. Lindo de ver! Mas foi emocionante ver as crianças da Escola Aloísio Sampaio cantando o hino Nacional e o Hino de Itaberaba. Quem viu? Com certeza vai lembrar! 


Na próxima postagem... Não perca a odisseia de 2013! Até mais!



Claudinéia e Ana Claudia

Bjins no coração de tod@s vocês!!


quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Em 2011... Olhares sobre avaliação e formação em serviço na Educação Infantil

 


Em 2011... Nas palmas das mãos das técnicas Deise Azevedo e Valéria Rocha juntamente com as Coordenadoras pedagógicas, por meio dos encontros formativos, trouxeram a discussão sobre os instrumentos de avaliação específicos para a Educação Infantil à luz dos documentos normativos resoluções do MEC, Portarias da SMED e referenciais teóricos de autores como Jussara Hoffman, Vygotsky e Piaget. Foi um marco para a Educação Infantil em nosso município, por que até então não tinha instrumento que atendessem as especificidades das práticas pedagógicas da primeira etapa da Educação Básica. Na Educação Infantil a avaliação precisa ser formativa/ mediadora. Conforme Jussara

Hoffman apresenta a Avaliação Mediadora em três tempos, ou seja, três momentos que se denomina:

1.    Tempo de admiração dos alunos;

2.    Tempo de reflexão sobre suas tarefas e manifestações de aprendizagem;

3.    Tempo de reconstrução das práticas avaliativas para promover melhores oportunidades de aprendizagem.

As práticas realizadas nestes três tempos compreendem 1- As observações ou acompanhamento, 2 - Análises dos instrumentos e registros utilizados pelas docentes e crianças durante a mediação/intervenções e 3 - Replanejamento das estratégias. Em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 LDB no Art. 31 “Na Educação Infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro de seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.”

A primeira versão do Diário de Classe específico para a Educação Infantil

A documentação avaliativa na Educação Infantil então passou a ser feita por meio de dois instrumentos. As fichas com critérios relacionados com as expectativas de aprendizagens que fazem parte de cada Eixo de conhecimento que são os componentes curriculares. E os relatórios pedagógicos nos quais devem ser apresentados os aspectos de desenvolvimento de cada criança. Deverão ser feitos, um no final do primeiro e um no final segundo semestre. Uma decisão tomada pelo grupo das profissionais da Educação Infantil em votação durante os encontros formativos. Assim se constituiu um Diário de Classe da Educação Infantil com os demais campos a serem preenchidos, tendo como especificidade os instrumentos de avaliação. A partir da foi revisada a Matriz Curricular e encaminhada ao Conselho Municipal de Educação (CME), a qual foi aprovada após as devidas análises.

Formação em serviço para coordenadoras e professoras da Educação Infantil

No início do II semestre de 2011, A SMED/ Técnicas pedagógicas da Educação Infantil em parceria com as Formadoras do Proinfantil, ofertou no Centro Municipal de Educação Básica (CMEB) encontros formativos para as profissionais da Educação Infantil apresentando as seguintes temáticas.

·         As múltiplas linguagens das crianças e as interações com a natureza e a cultura: Artes visuais, música e gestualidade;

·         Crianças leitoras e escritoras: Letramento na Educação Infantil;

·         A ludicidade e o ensino da Matemática na Educação infantil;

Foi um formato muito interessante pois a metodologia possibilitou a participação de todas as profissionais em todas as temáticas durante os três dias o que computou as 16h, e para computar a carga horária de 20h foi orientado a organização de planejamento e desenvolvimento de ações práticas contendo os necessários registros para o acompanhamento das formadoras.

Também ocorreu no Núcleo Territorial de Educação (NTE14) oficinas de contação de histórias mediadas por Valéria Rocha para as professoras da Educação Infantil.

 



       


 

 

 


sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Um pouquinho da história da Educação Infantil em Itaberaba Ba. Como tudo começou?





Eu vou te contar uma história 
agora atenção que começa bem no meio da palma da tua mão
bem no meio tem uma linha ligada ao coração
que sabia desta história antes que a canção
da tua mão, da tua mão... 

                                               Palavra Cantada

 


Assim como diz o grupo musical Palavra Cantada, a história que vamos contar também tem sido feita por muitas mãos e corações que sabem desta história antes mesmo da canção! 

Por meio do blog Educação Infantil Itaberaba – BA, com o objetivo de registrar a história da Educação Infantil de nosso município. Entre as finalidades, destacamos que a primeira é compartilhar as preciosas experiências e produções  de todas as Creches, CEMEIs e Escolas que atendem as crianças nesta etapa da Educação Básica. As quais estão representadas neste blog, cada uma com sua página, onde serão publicadas experiências e produções que forem autorizadas pelas profissionais e famílias de cada instituição. A segunda finalidade é dar acessibilidade e publicidade às ações das profissionais da Educação Infantil, bem como ter como material de estudos e pesquisas para a própria rede de ensino. A terceira finalidade é ter esse blog como ferramenta de registro de nossa história. Um patrimônio que apresenta a trajetória da Educação Infantil e as contribuições de todas as profissionais que atuam nessa etapa de ensino. Esse patrimônio pertencente nossa sociedade, precisa ser acessível e visualizado por todos.

O que nos instigou a registrar a história?

Nos diálogos sobre percursos pedagógicos e demandas de rede em que a Educação Infantil estava em pauta ou quando entrávamos em processos de avaliação das ações, ouvíamos a afirmação: Nossa! A Educação Infantil cresceu! Ficávamos instigadas para saber como foi o início. Poderíamos pesquisar! Algumas questões surgiram...

Considerando que não somos as primeiras técnicas pedagógicas e nem seremos as últimas, decidimos pesquisar e registrar. Desejamos conhecer como foi a organização técnica pedagógica e o atendimento da Educação Infantil na rede de ensino. Para isso organizamos entrevistas com as profissionais que já assumiram essa função, para nos contar como foi essa trajetória. Sabemos que cada uma fez parte dessa história, não podemos deixar de mencionar suas contribuições.

Antes de a Educação Infantil fazer parte da SMED, como era o desenvolvimento das ações? Haviam quantas instituições? Em quais localidades? Eram ofertadas as matrículas no campo? Em que ano a Educação Infantil passou a fazer parte da Secretaria Municipal de Educação? Quantas instituições funcionavam? Onde? Qual a Creche mais antiga? Como era a organização das ações técnicas e estrutura curricular? Entramos em contatos com as técnicas pedagógicas que atuaram antes de nós, solicitando autorização para encaminhamento de entrevistas. Agora estamos compartilhando.

E como era no início? Nossa adorável professora Maridalva Muniz contou!


Quando olhamos no meio da palma da sua mão... “Bem no meio tem uma linha ligada ao coração que sabia dessa história antes mesmo que a canção... dá tua mão... dá tua mão...” dá mão da Pró Maridalva Muniz. Ela nos contou:   


Antes de a Educação Infantil em Itaberaba fazer parte da Secretaria Municipal de Educação (SMED), a responsabilidade era da Secretaria de Assistência Social. Todo atendimento de crianças na faixa etária dos três aos seis anos de idade era feito nas creches. Havia uma rotina diária em função de ideias de assistência, custódia e higienização das crianças. Eram cinco creches, sendo quatro na zona urbana e um na zona rural.

Não me lembro a época, mas sei que por um período, as creches passaram a ser pensadas e reivindicadas como espaço de educação e cuidados coletivos  das crianças de três a seis anos. Os documentos diziam de zero, mas não tínhamos espaços adequados para receber essa faixa etária. Durante esse processo de mudanças ocorreram fatos como: Reivindicações de matrícula por mulheres que trabalhavam, preocupação em relação as ideias de infância, as  condições sócios culturais para o desenvolvimento das crianças, a organização do espaço / tempo, a importância do brincar, a interação e construção de conhecimentos. O desenvolvimento de ações que integrassem o cuidado e a educação.

Mas como trazer isso para o espaço real com uma nova roupagem? Tínhamos que começar pelo profissional. As pessoas que ali trabalhavam não eram qualificadas com exigiam os documentos do MEC. Todo trabalho era feito com auxiliares de sala e recreadoras. Como coordenação responsável, passamos a ter formações e estudar sobre as crianças de camadas populares, para entender como poderíamos mudar a rotina de trabalho, pois as crianças ficavam em tempo integral, mas os profissionais não. E aos poucos conseguíamos nos aproximar da proposta.

Por um momento que me afastei. E houve mudança. As Creches passaram para responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação. Então a responsável pela pasta, para atender exigência do MEC, era considerável pensar e efetivar essas mudanças de acordo com os documentos propostos: Constituição de 1988, Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), LDBN (1996), preconiza que é dever assegurar a criança e ao adolescente (...) atendendo em creches e pré-escolas as crianças de zero a seis anos de idade. E assim foi feito ainda com algumas restrições, pois não havia creches para o atendimento exigido por lei, atender a criança de zero, só a partir dos três anos de idade nas creches e de quatro à seis anos em pré- escolas. E neste período iniciou-se o trabalho realmente pensado na infância, com profissionais qualificados, proposta curricular, quando foi instituído as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (2009) para nortear as propostas curriculares.

 Ao logo dessa trajetória foi incansável a luta pela qualidade da Educação Infantil no que se referem aos recursos financeiros, as propostas de currículo, política públicas, que por muito tempo foi uma educação compensatória e sem práticas de formação.

Quando iniciei, a organização técnica pedagógica era feita só por mim. Não havia coordenadores e as diretoras se ocupavam em dirigir a Creche nos aspetos da higienização, alimentação, nunca na prática do ensino e aprendizagem. Depois sim, o pessoal foi se qualificando. Pudemos ter creches e pré-escolas com coordenação pedagógica e pessoal em áreas de trabalho que lhe cabia está com direitos garantidos.

Sobre a creche mais antiga não tenho certeza, mas acho que foi a Sonho de Criança. Naquele espaço era uma lavanderia. E na época do Prefeito de Linésio Bastos. Ali foi inaugurada com o nome de Ieda... (não lembro rsrsrs) Não trabalhei nessa época.



Comecei minha trajetória profissional sendo professora contratada no município fui convidada a exercer algumas funções antes de ser concursada, diretora de escola, vice-diretora com processo de eleição, professora de Creche, professora de fundamental II, técnica e gerente responsável pela pasta de Educação Infantil no Município, Formadora. Hoje especialista em Educação Infantil, professora do Grupo 4 (Crianças de quatro anos) no Centro Municipal de Educação Básica (CEMEB).

Vale ressaltar que Maridalva Muniz, também foi nossa professora nos componentes Infância e Educação Infantil na UNEB. E nos sentimos profundamente gratas pelas suas contribuições párea nossa formação e na formação das professoras e das crianças de nossa rede.

Outras profissionais que também assumiram a pasta da Educação Infantil na SMED foram: Stela Fernandes, Marinulce Prazeres, Ângela Márcia Pita junto com Aniágda Matos; Deise Mari Azevedo e Valéria Rocha; Midiã Ferreira e Ilana Gonçalves. Deixando contribuições que construíram a história da Educação Infantil em nosso município.


Como diz o grupo musical Palavra Cantada, a história que vamos contar também tem sido feita por muitas mãos e corações que sabem desta história antes mesmo das canções!  Assim faremos o registro do que aconteceu a cada ano a partir de 2011 na Educação Infantil do nosso município. Temos também uma página para cada Creche / CEMEI / Escola contar um pouquinho das suas histórias! Desde já agradecemos as pelas contribuições de todas e nos sentimos honradas por ter vocês como personagens muito importantes da nessa história.


Aproveite para deleitar-se com os momentos marcantes que fez parte construção dessa história!



Claudinéia  Barbosa e Ana Claudia Sampaio

Técnicas da Educação Infantil