quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Em 2016... Mudanças nas estratégias de planejamento da Educação Infantil.


A reserva técnica um direito adquirido!

Carga horária de Atividade complementar (AC). Um desafio para a agenda do Coordenador pedagógico (CP) e possibilidades para a agenda docente. Em 2016 ocorreu a ampliação de 4h para 6h de AC para professores regentes. Com essa configuração de ACs dos regentes 1 e 2, os CPs precisaram redimensionar a logística. O professor regente 2 assume a turma quando o regente 1 está em horário de AC. Os regentes 2 passam por duas ou três turmas durante a semana, também têm horário de planejamento. Se em 2015, a reserva técnica de 4h horas na carga horária de atividade complementar impactou as ações da Educação Infantil, em 2016, com a ampliação de mais duas horas, as práticas docentes foram novamente reorganizadas. A ampliação do tempo para está em reuniões de ACs, as professoras de Educação Infantil passaram a organizar suas agendas docentes. Não só o planejamento e a elaboração dos recursos para usar nas aulas, passaram a ser organizados em agendas. A organização do trabalho pedagógico sendo assim visualizada por meio de agenda prévia pode mostrar que há ações específicas e períodos específicos para a realização.  O uso do tempo assim, otimizou todas atividades das atribuições docentes: Tempo para pesquisar, para elaborar projetos, desenvolver com a turma (produzir registros, avaliar, tempo para fazer análise dos registros,  escrita de relatórios. Avaliação da turma e replanejamento. Um ciclo que se repete a cada unidade letiva.

Essa agenda docente otimizou também a organização da agenda da equipe Técnica de acompanhamento e apoio pedagógico. Por exemplo, os períodos de formações passaram a ser planejados, respeitando os períodos em que as professoras não estejam em períodos de pesquisas e elaboração de projetos. Atividade coletiva que requer da equipe docente mais tempo nas ACs.

Formação leitora para docentes


Os encontros formativos com CPs, realizados pelas Técnicas Midiã Ferreira e Ilana Gonçalves, apresentam a relevância da formação leitora para a formação dos professores, e ressaltam a importância da seleção de livros para os momentos de leituras com as crianças. 

 



Novas orientações sobre a elaboração dos projetos didáticos:

As orientações do Setor pedagógico da SMED para a elaboração e desenvolvimento dos projetos didáticos. Até 2015, estes projetos eram feitos com base nos Projetos institucionais para cada unidade letiva. Em 2016, as orientações do Setor pedagógico da SMED para a elaboração desses projetos didáticos direciona somente as temáticas cada unidade letiva. Não sendo mais encaminhados os Projetos institucionais como antes. As instituições / unidades escolares da rede municipal de ensino passaram a elaborar seus projetos com base nas temáticas indicadas pelo Setor pedagógico. Ficando do assim distribuídas: I Unidade - Identidade, II Unidade - Meio ambiente, III Unidade – (O tema de pesquisa relacionado ao desfile cívico) e IV Unidade – Diversidade. Todos perpassando pela temática central da jornada pedagógica.


Na Educação Infantil, já havia sido estudado os diversos formatos de projetos didáticos para serem elaborados e desenvolvidos junto com as crianças. As orientações específicas constam nas Diretriz Curricular Municipal de 2012, a qual destaca o desenvolvimento das crianças como foco do planejamento. 

Os referidos documentos orientam que os docentes podem elabora projetos por turma, projetos por faixa etária e até mesmo projeto para todas as turmas com elementos de investigação específicos para cada turma; os estudos, pesquisas e processo de elaboração permitiram que as equipes docentes da Educação Infantil pudessem construir os projetos de forma coletiva, dividindo assim, as etapas de planejamento, otimizando o tempo de planejamento na agenda docente.

Acesse nos links abaixo, alguns projetos:

Identidade e autonomia com brincantigas e histórias

Registros das vivências durante o projeto Identidade

Valores, diversão e descobertas com os jogos olímpicos

Registros das vivências durante o projeto Valores


Indicadores para atualização dos instrumentos de avaliação: Diário de Classe, Fichas e Relatórios pedagógicos

Durante as reuniões de estudos junto com as Técnicas da Educação Infantil, grupo de CPs aponta solicitações dos docentes para mudanças no diário de classe. Assim as técnicas elaboraram documento solicitando do Setor pedagógico a autorização para as necessárias alterações. Enquanto isso durante os estudos pontuaram os indicadores do que seria necessário modificar.  Redução dos itens nas fichas de indicadores e retirada da escrita dos Relatórios pedagógicos do diário, para configuração digitada, para deixar cópia na pasta do aluno.



Este ano marcou a Educação Infantil com experiências valiosíssima!
As mudanças ocorridas trouxeram para a nossa história, novos elementos para continuar o enredo. Aprendizagens e práticas são ações inseparáveis!


Abraços iluninados!

●´∀`)ノClaudinéia e Ana Claudia ●´∀`)ノ





quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Em 2015... Um ano de inaugurações para a Educação Infantil e estudo do plano de carreira!!!

 

Inauguração dos três CEMEIs

A tão esperada ação da SMED para a entrega à Educação Infantil dos três CEMEIs. Finalmente as inaugurações ocorreram. Novos espaços e novas experiências para serem vivenciadas pelas equipes e pelas crianças. Ano em que as técnicas Deise e Midiã assumiram a pasta da Educação Infantil.





Formações para professores

Encontro formativo com professoras da Ed. Infantil – Tarja Branca e a relação do brincar e currículo para crianças de 0 a 3 anos.


 Estudos para a reorganização da carga horária dos professores

Foi iniciada a reserva técnica / Carga horária de Atividade complementar (AC). Um desafio para a agenda do Coordenador pedagógico e possibilidades para a agenda docente. Em 2015 ocorreu o desenho inicial da AC com 4h para professores. Assim surgiram as nomenclaturas professores regentes 1 e professores regentes 2, este últimos assumem as turmas quando o regente 1 está em horário de AC. Esta organização impactou nas ações da Educação Infantil, e nas demais etapas de ensino, especialmente nas práticas docentes. Ampliando os conceitos e práticas durante as reuniões de ACs. Algo que as professoras de Educação Infantil necessitavam muito. Devido o planejamento e a elaboração de todas a minucias para o atendimento durante as aulas / Experiências e descobertas com as turmas, expandiu-se o uso do tempo para as demais atividades das atribuições docentes, quanto aos registros e organização do trabalho pedagógico. 


Orientações didático metodológicas em rede

As orientações do Setor pedagógico da SMED para a elaboração e desenvolvimento dos projetos didático metodológico eram feita com base nos Projetos institucionais: I Unidade: Itaberaba, meu lugar de brincar; II Unidade: Chuá, chuá, chuá... Água de beber...; III Unidade: Evolução da Educação e IV Unidade: Diversidade e musicalidade. A partir destes projetos institucionais, as equipes pedagógica poderiam reelaborar seus projetos alinhando à estes, os recortes de pesquisas e estudos conforme as curiosidades e necessidades das turmas.


Projeto Institucional - Itaberaba: Meu lugar de brincar 
Projeto didático -  Minha Identidade e cultura brincante






Projeto Institucional - Chuá, chuá, chuá... água de beber...
Projeto didático - De gotinha em gotinha descobrindo como preservar a água!







Projeto Institucional Evolução da Educação
Projeto didático - Viajando nas descobertas dos tempos das cavernas






Projeto Institucional - Diversidade
Projeto didático - Brincantando com as coloridanças




Seminário de práticas da Educação Infantil

Ocorreu em 2015 o I Seminário de práticas da Educação Infantil, em que as professoras apresentaram ações exitosas desenvolvidas junto às suas turmas. (Infelizmente vou ficar devendo os registros fotográficos).


Estas foram as experiências de 2015!! Simples e muito profundas, que impactaram significativamente as ações e resultados na rede de ensino, especialmente para a organização do trabalho pedagógico.


Grande abraço! E dando continuidade ao registro da história que está nas palmas das mão de cada um de nós! Confiram as próximas postagens sobre Educação Infantil em 2016!



 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Em 2014 – As práticas docentes em evidências!



A Secretaria Municipal de Educação lançou como tema para a Jornada pedagógica para o não letivo 2014 “Educação em Rede: Amor, Ética e Cidadania”.  No primeiro encontro formativo com Coordenadoras Pedagógicas da foi apresentada a temática do ano letivo. 

Apresentação do projeto “Roda Gira: Formação continuada para professores da Educação Infantil”, cronogramas de Estudos e orientações sobre o projeto político pedagógico (PPP) entre outras temáticas centradas nas práticas docentes.

As práticas docentes estavam em evidências! As formações buscavam corresponder aos indicadores observados por meio do monitoramento e das solicitações das profissionais. O primeiro objetivo foi apresentar para as docentes a proposta institucional da SMED refletindo sobre a temática central da Jornada Pedagógica - Educação em Rede: Amor, Ética e Cidadania, relacionando com os conceitos a serem discutidos no âmbito de formação, atuação e ações pedagógicas dos profissionais da Educação Infantil. 


Projeto Roda Gira: Formação contínua na Educação Infantil

 

RODA GIRA é uma proposta de formação contínua para os profissionais da Educação Infantil atuantes na Rede Pública do Município de Itaberaba. Apresentada à Secretaria Municipal de Educação (SMED), através da Coordenação de Educação Básica e Apoio Pedagógico, organizada e executada pela Equipe Técnica da Educação Infantil. Diante dos indicadores observados durante o acompanhamento e monitoramento das ações nas instituições de Educação Infantil, fundamenta, organiza e propõe a execução desta proposta de formação. Apresentam em seu desenvolvimento as ações que objetivam promover a qualificação do atendimento que cada profissional oferece considerando as especificidades da infância. Propostas e compromissos sejam amplamente discutidos, assumidas e traduzidas em práticas que respeite as nossas crianças.

Considerando os avanços nas práticas e atendimento pedagógico, experiências vivenciadas pelos professores e coordenadores da Educação Infantil da Rede Pública do Município de Itaberaba, desde 2010 à 2013, com as formações em serviço, este projeto propõe o fortalecimento da formação específica e continuada aos profissionais que atendem a este segmento. 

Busca promover reflexões e estudos das concepções e práticas específicas da Educação Infantil, por meio da orientação e reorientação através dos documentos legais, discutindo a revisão de documentos norteadores e instrumentos já existentes e/ou a construção do que for necessário. Oferecer formação contínua e em serviço aos profissionais que atuam neste segmento, certificando-os conforme a carga horária.  Estabelecendo como conteúdos: A Legislação, os critérios relativos à organização do funcionamento e atendimento interno das Instituições de Educação Infantil (IEI) bem como as propostas e práticas pedagógicas no trabalho direto com as crianças. Dessa forma, institucionalizar espaços de discussões, análises, estudos teóricos e socialização periódicas das vivências.

Envolver coordenadores, professores, gestores, profissionais de apoio, abrangendo por meio de formações contínuas, a qualificação do atendimento que cada profissional oferece considerando as especificidades das infâncias. Com isso fortalecer a luta contra a rotatividade dos profissionais.

Focalizar o atendimento da Educação Infantil no respeito aos direitos das crianças, suas especificidades de desenvolvimento, nos espaços, tempos e contextos. Considerando brincadeiras e interações como eixos norteadores das práticas pedagógicas conforme a Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil - DCNEI (2010, p.25) observando a indissociabilidade das dimensões Educar e Cuidar orientadas pelo Referencial Curricular para a Educação Infantil – RCNEI (1998, p. 23-24). Visando também reafirmar o olhar sensível, a prática satisfatória e sentimento de pertencimento e afirmação de identidade profissional de todos aqueles que lutam por um atendimento que garanta o bem estar e o desenvolvimento das crianças na Educação Infantil. Estabelecendo para isso as parcerias necessárias.

META

Incentivar propostas sejam amplamente discutidas, assumidas e traduzidas em práticas que respeite as especificidades das infâncias de nossas crianças.

OBJETIVO GERAL

Garantir espaços de discussões e vivências para a prática específica e adequada da Educação Infantil por meio de formações contínuas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1.Acompanhar e dialogar sobre o plano de ação e estratégias dos coordenadores mensalmente;

2.  Acompanhar e monitorar a prática pedagógica dos professores e coordenadores;

3. Promover encontros formativos mensal e bimestralmente com coordenadores, diretores, professores e profissional de apoio para diálogos e vivências das práticas educativas na EI;

4. Projetar mensalmente ações e reelaboração dos projetos com coordenadores e professores do/no campo;

5. Orientar e/ou reorientar estudos e construção dos Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) das Instituições de Educação Infantil (IEI);

6.Elaborar e reelaborar documentos necessários para o acompanhamento, monitoramento e devolutiva das IEI;

7. Atingir um patamar mínimo de qualidade que respeite a dignidade e os direitos básicos das crianças, nas instituições onde muitas delas vivem a maior parte de suas infâncias;

METODOLOGIA

As ações a serem desenvolvidas nos diferentes momentos formativos serão realizadas através de reuniões discursivas, oficinas, seminário anual das práticas, exposições, instalações, diálogos das vivências, mostras entre outras, integrações das IEI durante o ano letivo, propondo reuniões de estudos com os Coordenadores pedagógicos e encontros formativos com professores.

 

                         FORMAÇÕES COM PROFESSORES E COORDENADORES


Desde a Jornada Pedagógica já iniciamos revisitando as Concepções de Criança, de Infância e de Educação Infantil. Impactos na qualidade da mediação pedagógica:

Observação de Crianças – Mediação de Deise Mary

Afetividade e Intervenção Pedagógica: Desafios e possibilidades na mediação do desenvolvimento na Infância – Mediação de Claudinéia Barbosa.

Um das coisas importantes na discussão sobre essa temática está relacionada à relação intrapessoal e interpessoal dos profissionais. A interação entre os profissionais, a interação entre profissionais, crianças e o olhar do profissional para si mesmo. São situações diversas, mas que precisam ter a mesma importância.

Aqui reside o significado dos conceitos e concepções. Levá-los a refletir sobre si mesmo em suas buscas, suas conquistas e seus desafios profissionais. Fortalecer a identidade de profissional da Educação Infantil (que é um segmento da Educação Básica, que vem se constituindo e reafirmando suas especificidades), e também motivá-los a perceber o quanto suas concepções são manifestadas em suas práticas. 
Ajustá-las às mudanças que ocorreram, ocorrem e ocorrerão sobre concepção de Criança, considerando que Infâncias se constituem socialmente e que a partir da nossa compreensão sobre isso, é que construiremos a Educação Infantil significando-a com os devidos valores e práticas que atendam as crianças sob o ponto de vista de que estas são sujeitos de históricos e de direitos.

 

Veja a proposta na íntegra, clicando no link abaixo.

http://interagiraquieagora.blogspot.com/2014/02/afetividade-e-intervencao-pedagogica.html

 

Reuniões de estudos e orientações com Coordenadoras Pedagógicas

Nas reuniões deste ano ocorreram diálogos importantíssimos que marcaram a Educação Infantil em aspectos que deixaram mais evidente a especificidade dessa etapa de ensino. Direcionamentos de ações como Conselho de Classe na Educação Infantil, Semanas de adaptação e integração, organização dos espaços internos e externos, organização de rotinas, elaboração de projetos didáticos, alinhamento de propostas de estudos com temáticas institucionais e intersetoriais, mantendo o foco no desenvolvimento das crianças estão entre as práticas que precisam ser efetivadas cada vez mais com as características de uma educação para as infâncias. Para isso o perfil e as práticas dos profissionais precisam também ter as especificidades necessárias.


Rotinas na Educação Infantil: 

Relacionando as práticas com as concepções teóricas.

 

Este foi o II Encontro formativo com Professores e Coordenadores, ocorreu em maio de 2014, propomos reflexões e análises acerca da temática central: Rotinas nas instituições de Educação Infantil. Observando os aspectos:Organização das crianças percebendo a necessidade de momento de orientações individuais, grupais e coletivas; Atividades lúdicas considerando etapas do desenvolvimento das crianças; Distribuição dos eixos de trabalho, observando a integração destes durante o planejamento e mediação das experiências e descobertas; Análises sobre as metodologias e instrumentos de trabalhos.

FINALIDADE:

Nossa finalidade foi relacionar as concepções teóricas e com asações práticas apresentadas e organizadas a partir das necessidades específicas do atendimento a crianças de 02 anos e 06 meses até 05 anos e 11 meses. Considerando ainda a análise das situações de rotina, como possibilidades de ações/ organização flexíveis podendo ter variações no cotidiano das instituições.

OBJETIVOS:

1-Acolher o grupo propondo dinâmicas que possibilitem a observação/relação sobre mapas mentais relativos à aprendizagem;

2-Dialogar sobre aspectos da organização curricular diante das práticas pedagógicas na Educação Infantil;

3-Apresentar possibilidades de organização da rotina, considerando a flexibilidade, os tempos e espaços;

4-Alinhar concepções teóricas às práticas;

5-Construir quadros comparativos representando as ações metodológicas realizadas no cotidiano da Educação Infantil: Observação sobre o desenvolvimento das crianças, planejamento/estratégias e instrumentos da prática mediadora.

6-Exercitar organização de rotina flexível;


METODOLOGIA

[...]

Este foi um momento riquíssimo. Primeiro pelo envolvimento dos grupos, o que configurou nossa atividade coletiva. Com esta atividade, busquei ativar mapas mentais, ou seja, situar as professoras quanto à metacognição (penso sobre como aprendo), auto-regularão (registro o que aprendo) e transferência (transmito o que aprendo) relativa à aprendizagem lúdica com a musicalidade. Propus fazer estas observações com as crianças também.

Outra dimensão da musicalidade que merece destaque é o acalanto. Situação de cantar sem letra, sem voz textual. Produzir sons revelando a melodia com as variações de velocidade, de timbre, pulsação. Como nas canções expressadas para os bebês. Levando as professoras a refletirem como a musicalidade dessa forma fica interessante e possível de ser experimentada pelas crianças que ainda não falam ou que não conhece o texto musical. Junto à isso incluímos movimentos corporais, que amplia a experiência de brincar com a musicalidade.

Destaques de falas de algumas professoras:

“É preciso ter uma atenção delicada com algumas crianças do grupo de cinco anos, pois elas vieram do grupo de três anos sem passar pelas experiências do grupo de quatro devido a alteração na data corte/etário definida pela portaria de matrícula 2014 da rede municipal de educação”.

O que isso significa para o desenvolvimento dessas crianças? Um ano a menos de estimulação das suas experiências e descobertas. Além de um salto nas expectativas de aprendizagens. Questões que precisam ser sensivelmente consideradas pelas professoras que estão na mediação da aprendizagem destas crianças e nos registros avaliativos.

Outra fala que se refere ao desenvolvimento e faixa etária das crianças que passaram a ser atendidas em nossa rede em 2014: “Seis meses fazem a diferença!” A professora explica que atender as crianças de dois anos e meio requer atenção mais criteriosa. Relata sobre algumas habilidades ainda não estão desenvolvidas e precisam garantidas durante o atendimento na creche, o que requer dos profissionais conhecimentos, estratégias e sensibilidade na mediação e intervenção específicas para o atendimento à essa faixa etária.


E é exatamente o que ocorre com todas as crianças no processo de desenvolvimento. Seis meses fazem a diferença não apenas nas habilidades das crianças, mas nos aspectos biofísico, linguístico, psicomotor, sócio interativo e emocional. É necessário considerar que os ritmos e rotinas das crianças estão adaptados às vivências com as suas famílias. Quando passam a frequentar outro ambiente com uma jornada diária semelhante a da família, neste caso a instituição escolar, precisam de tempo para adaptarem-se às novas regras de convivência e atividades. Assim também os ambientes que recebem um novo grupo, com novas características, precisam se organizar para recebê-los. O que ocorrem com o tempo e as experiências na interação, para ambos.

“A mediação também precisa ter uma linguagem clara para elas. É diferente dos outros grupos”.

Nesta fala as professora já está indicando que a prática pedagógica com crianças menores que três anos, é específica em diversos aspectos. Devido as crianças apresentarem necessidades e atenção em diferentes aspectos da aprendizagem e desenvolvimento. Ao se referir à linguagem, por exemplo, a professora demonstra que a comunicação com crianças pequenas requer do adulto mediador capacidade de interagir e perceber o ponto de vista da criança, o campo de compreensão do universo infantil. O qual nem sempre a linguagem verbal é mais apropriada. Há uma necessidade de corresponder às linguagens das crianças pequenas.

O artigo completo sobre este encontro formativo está no livro

 

Brinquedos e brincadeiras na prática pedagógica da Educação Infantil:

 Reflexões sobre a manifestação lúdica espontânea e na perspectiva do uso com intencionalidade pedagógica.


Neste III Encontro de Formação em Serviço para Professores da Educação Infantil, realizado no período de 12 à 29 de agosto de 2014, foi discutido “A importância do lúdico presente na Educação Infantil através dos Princípios Cuidar e Educar e a partir dos Eixos Fundamentais Brincadeiras e Interações. Com o objetivo de levar os profissionais a compreender a importância da manifestação lúdica no desenvolvimento infantil e tendo como perspectivas duas dimensões: Uma pensar a brincadeira como manifestação lúdica espontânea. 



Outra, na perspectiva do uso dos brinquedos e brincadeiras com intencionalidade pedagógica. Teve como formato oficina envolvendo a análise, construção e proposta de estudo experimental. Foi idealizado para promover reflexões sobre o lugar dos brinquedos e brincadeiras na prática pedagógica da Educação Infantil.

JUSTIFICATIVA 

Buscando corresponder ao objetivo: Garantir espaços de discussões e vivências para a prática específica e adequada da Educação Infantil por meio de formações contínuas.  Que norteia o plano de ação da Equipe Técnica da Educação Infantil através do projeto Roda Gira. A Promoção deste encontro formativo com professores e coordenadores pedagógicos está relaciona-se com o específico que é atingir um patamar mínimo de qualidade que respeite a dignidade e os direitos básicos das crianças, nas instituições onde muitas delas vivem a maior parte de suas infâncias.

As ações neste encontro serão realizadas através de estudo teórico e reflexões sobre a importância da manifestação lúdica presente na Educação Infantil através dos Princípios Cuidar e Educar e a partir dos Eixos Fundamentais brincadeiras e Interações. Discutiu-se sobre a importância e o significado de brincar enquanto expressão cultural ou manifestação lúdica espontânea e enquanto transposição didática, ou seja, o uso de brinquedos e brincadeiras com intencionalidade pedagógica. Considerando que ambas as dimensões são importantíssimas para o desenvolvimento infantil.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Sala 02 - Mediação: Claudinéia Barbosa

1-Recepcionar os participantes de forma lúdica;

2-Acolher suas memórias afetivas sobre as manifestações lúdicas na infância dos professores;

3-Apresentar a dinâmica de trabalho neste terceiro encontro formativo, expondo a proposta dialogar sobre os acordos e anunciar o Projeto Brincantar;

4-Sensibilizar através de brincadeiras que provocam as habilidades sensoriais e expressão cultural, trocando experiências de nossas infâncias;

5-Discutir o significado de brincar enquanto expressão cultural, bem como refletir sobre brinquedos e brincadeiras enquanto transposição didática;

6-Promover momento de apreciação e socialização das experiências das práticas pedagógicas sobre o uso de brinquedos e brincadeiras;

7-Promover momento de análise sobre a utilização de determinados brinquedos e brincadeiras;

8-Realizar momento de construção de brinquedos. 

METODOLOGIA

Esta ação formativa teve o formato de oficina realizado em de seis encontros/seis grupos em dias diferentes correspondendo ao período de 12 à 29 de agosto de 2014. O acolhimento coletivo, em espaço organizado permitindo a reflexão sobre a temática, ocorreu com a realização de dinâmicas diferenciadas envolvendo vivências lúdicas, memórias afetivas e expressão e experimentação de brincadeiras culturais. Onde foi permitindo aos participantes, expressar a sensibilidade através das trocas de experiências e vivências de brincadeiras nas nossas infâncias.

Em seguida, através de dinâmicas, o grupo foi dividido em dois. E direcionados para: Sala 1- Direcionamento teórico e Sala 2 - Análise (Socialização, apreciação e experimentação das formas de brincar) e construção de brinquedos com uma proposta de pesquisa experimental. As atividades em cada sala tiveram duas horas de duração. Depois os grupos alternaram de sala. Ainda como organização metodológica, as reflexões teóricas na sala 2, foram feitos durante a mediação e interação com os participantes, como forma de conhecer sobre o objeto de estudo de forma experimental e prática.

DESCRIÇÃO DAS ESTRATÉGIAS

1- Recepção dos grupos com vivências e experimentação de jogos, brinquedos e brincadeiras. 

Para a etapa de acolhimento foram pensadas atividades, com alternância entre os seis grupos. O primeiro grupo foi recepcionado com o Jogo Cooperativo/Competitivo – Transportando cores líquidas! Os participantes foram recepcionados com sinalização de quatro cores. Podendo escolher duas, que irão formar dois grupos, cada um com duas cores.

Como jogar: Cada grupo deverá transportar uma quantidade de líquido na cor correspondente o mais rápido possível até encher uma garrafa pet, com cada cor correspondente do grupo. Verde e amarelo X Azul e vermelho. Em fila indiana, deverão passar o recipiente contendo o líquido de uma cor fazendo o movimento da direita para a esquerda para a colega que está na sua frente e assim por diante até a que está no início da fila. Esta deve transferir o líquido para uma garrafa pet. Segue a mesma regra para o transporte da segunda cor. Ganha o grupo que conseguir transportar maior quantidade de líquido, ou seja, o que estiver com as garrafas mais cheias.


Objetivos: Expressão de conhecimentos lógicos matemáticos como velocidade, agilidade, lateralidade coordenação associados aos aspectos psicomotores: equilíbrio e coordenação motora ampla, fina, viso motora. Assim como autonomia no cuidado e iniciativa.

Materiais: 4 garrafas pet inteiras e 4 cortadas, 4 garrafas com os líquidos coloridos em quatro cores (4 tintas).

Esse jogo proporcionou uma interessante interação entre os membros que se identificaram como equipes. Devido à limitação do espaço, as filas não puderam ser com todos da equipe, e os membros que se identificaram como pertencentes a cada equipe se organizaram como torcida. Foi superinteressante, identificavam-se como cores! Uma das equipes ganhou. E a questão levantada foi “E com as crianças, o que fazer quando uma ganhar e a outra perder”? Orientação dada: Trabalhar a situação de jogo de cooperação (entre os membros da equipe) e competição (entre as equipes). No jogo de competição tem quem perde e quem ganha. Essas regras precisam ser trabalhadas previamente com as crianças pequenas. Nas brincadeiras há participações.

As professoras e professores conheciam, mas não tinham brincado com este jogo ainda. Ficou como uma sugestão para construir e experimentar com as crianças. A recepção com este jogo também serviu para a divisão do grupo em duas equipes, as quais serão direcionadas para cada sala.

Os grupos seguintes foram recepcionados também com jogos, brinquedos e brincadeiras já conhecidas pela maioria dos participantes, porém realizando com diferentes formas. A brincadeira cantada “Escravos de Jó” foi vivenciada pelos participantes utilizando apenas o corpo, realizando movimentos em círculo, criando sincronia com o grupo e pulsação com a música.  Tais movimentos feitos aguçam a lateralidade. Durante a ação fui relacionando as possibilidades de estímulo e desenvolvimento que esta brincadeira promove ao ser realizada. Vivenciávamos juntas, as brincadeiras, discutíamos sobre as diferentes formas de realizar essa brincadeira e experimentávamos.

Ainda na perspectiva metacognitiva, refletimos sobre essa atividade aplicada para criança. Para que se realize essa brincadeira com criança, assim como todas as outras propostas, é necessário considerar os níveis de desenvolvimento em que elas se encontram. Para propor com cuidado as novas ações, observando as habilidades psicomotoras que elas ainda precisam adquirir. É necessário também flexibilizar os comandos. Neste caso, que é uma brincadeira cantada, observar se as crianças já conhecem e sabem cantar, se não a aquisição será paralela. Apresentara canção, cantar de forma mais pausada ou lenta até que o grupo tenha domínio da expressão musical e motora. Utilizar os recursos do mais simples para o mais complexo. E se houver elementos ou acessórios ir agregando aos poucos. Estes também garantem uma melhor memorização e expressividade. No caso de cantar para bebês, faz-se necessário garantir o jogo afetivo de olhar e toques embalados desde o acalanto às palmas.

Brincadeiras cantadas são de origens tradicionais, por isso está presente em diversas culturas. Brincar com a voz e com o corpo, experimentando ritmos, velocidades e pulsações diferentes. A princípio estão presente nas ações recreativas das crianças, são transmitidas através da manifestação lúdica espontânea durante as brincadeiras nas ruas, nas praças, nos quintais, nos grupos de faixa etárias diferentes. Atualmente os jogos e brincadeiras cantadas também fazem parte do repertório pedagógico. Utilizados como recursos de transposição didática e elemento de estudo da própria cultura. Promover as experiências e descobertas de forma prazerosa. Sobre isso o Ministério da Educação – MEC, através do manual de orientação pedagógica Brinquedos e Brincadeiras nas Creches também reafirma:

É muito mais fácil para uma criança pequena compreender a vida de diferentes povos que vivem em ambientes diferentes, como na floresta, no deserto, na neve, nas cidades ou na zona rural, por meio de contos ou de suas músicas e suas danças. Como aproveitara riqueza desses contos músicas ou danças? (BRASIL, 2012)

Outra brincadeira utilizada também como acolhimento em um dos seis encontros foi “A história da serpente”. Essa também é uma brincadeira cantada e faz parte do repertório cultural. Para minha surpresa, maioria das professoras e professores que estavam ali presentes, não conhecia pelo nome. E as que conheciam, também cantavam de outra forma. Isso ocorre com muita frequência. As brincadeiras são passadas de geração a geração. De cultura para cultura. E muitas vezes mudam de nome, de regras, de estratégias. E quando observamos ou jogamos é que percebemos que conhecemos por outro nome e outras regras. Ao apresentar a brincadeira “A história da serpente” com o grupo, foi interessante observar como nós, adultos apresentamos limitações comportamentais ou adquirimos limitações corporais, que não vemos na infância e nem no perfil de alguns professores. Alguns se jogam com propósito lúdico. Para mediar, participar e também registrar a brincadeira, posicionei a câmera no chamado “ponto fixo” e fomos interagir.

Ao trazer esta brincadeira, tive a intencionalidade de provocar nos professores e professoras a reflexão sobre as atividades coletivas que promovem interação e cooperação. Na situação em que “uma fila de caminha ou corre na mesma velocidade, cantando e tentando apanhar um componente que está brincando” a velocidade, o ritmo corporal, a agilidade precisam de atenção e cuidado redobrados. A expressão de quem está brincando é fantástica! O componente que é apanhado, deve passar por baixo das pernas de todos os componente que formam a serpente. E segue a brincadeira cantando. “Essa é a história da serpente que desceu do morro para procurar um pedaço do seu rabo. E você é... e você é... e você é um pe-da-ção do meu rabãããão...”. Como todas as orientações, para brincar com crianças pequenas que ainda não conhecem a música, será necessário garantir primeira a apropriação da música e articular com as regras e os movimentos corporais da brincadeira.

A interação através de duplas gera uma dinâmica também muito interessante, pois cria a situação de cuidar do outro, de defender a parceira. Vivenciando as regras criadas pela brincadeira. Essa situação pode ser ampliada na rotina, levando para os momentos de experiências e descobertas as atividades coletivas, grupais ou de duplas.

Clic nos link abaixo para ver os vídeos:

Campartilhando brincadeiras de nossa infância


2- Brincar enquanto manifestação lúdica espontânea que está presente em todas as culturas e linguagens da infância.

Esta foi a primeira dimensão discutida e vivenciada. Pensar sobre brincadeira enquanto expressão cultural relacionando com os aspectos do desenvolvimento na infância. A infância é uma fase potencialmente crescente em que as crianças exploram e descobrem o mundo e a si mesmo nas interações com o meio em que atuam espacialmente através de brincadeiras.

Essa marca social da infância na contemporaneidade está modificada. Considerável parte dos infantes atualmente brinca entre seus muros e grades. Em relação a nossa geração, tem um número reduzido de irmãos. Isso influencia na cultura do brincar. As manifestações e transmissão dos jogos, brinquedos e brincadeiras estão sendo modificada, admitindo que alguns elementos deixem de existir.

Dentre as diversas brincadeiras de nossa infância, as professoras e professores mencionaram: Soltar pipa, onô um, bate manteiga (variação de pega-pega), os marinheiros, capitão, mímica, cozido, boneca, casinha, passarás, roda. A proporção que iam mencionando os nomes das brincadeiras, animavam-se em mostrar como se brinca. Convidei o grupo para vivenciar a brincadeira “os marinheiros”. Uma das professoras relatou com tanta veemência a satisfação em brincar de marinheiros. Achei muito interessante, suas expressões, que propus a vivência.

Foi um momento de experimentação, ainda na perspectiva da manifestação lúdica, onde as trocas aprendizagem foram espontâneas, ou seja, aprender brincar, para brincar. Reviver a brincadeira sempre que desejar e ensinar a outros como se brinca. Experiência em que se vivenciam as regras, as formas, o nome e toda estética cultural que está presente em uma brincadeira.       

Foi um retorno à infância! Estava presente no sorriso, nas expressões, na forma de comunicação, interação e iniciativas das professoras e professores. Todas essas atitudes, habilidades e competências que também estão presentes nas crianças quando as-observamos hoje. Esse é um princípio de ser brincante, originado no ser lúdico, no ser que expressa prazer. É uma característica inerente aos seres vivos, especialmente nos mamíferos. Nos humanos!

Propus ao grupo, a cada encontro, discutir e vivenciar algumas brincadeiras, originárias de diferentes matrizes culturais como “Jogo de peteca”, “Círculo esquimó”, “Mazu, mazu...”, “Competição de aviãozinho” e “Roda Africana”. Além de experimentar pela primeira vez uma brincadeira que criei e intitulei de “Tocando piano com meus amigos”.

Durante o jogo de peteca, uma brincadeira de origem indígena, as discussões foram trazendo excelentes contribuições. Relatos sobre os desafios vivenciados naquele momento foram indicadores imediatos para se pensar essa brincadeira com as crianças.  O espaço, o peso da peteca, as regras do jogo. Observou-se também que os brincantes precisam ter determinadas habilidades já garantidas (pressupõe que o brinquedo precisa ser pensado de acordo com faixa etária) e outras são estimuladas com a prática do jogo (pressupõe que pode ser utilizado como recurso de apoio à prática pedagógica e ensino aprendizagem). Ainda sobre a estética do brinquedo, foram sugeridos diversos materiais que podem ser usados para a construção, considerando a participação das crianças no momento da confecção. Iniciativa, interação e atitude de coletividade são aprendizagens básicas no jogo da peteca.

Ao compartilhar conhecimento sobre a brincadeira do “Círculo esquimó”, como em todas as brincadeiras que foram apresentadas, eu perguntei: Vocês conhecem essa brincadeira? Essa é uma das perguntas que precisa ser feita sempre que vamos apresentar algo que jugamos ser novo ou diferente. Pois daí surge todas as necessidades de quem precisa conhecer algo que lhe parece novo. Onde surgiu? Como e com o que se realiza? Quais são as regras? Entre outras questões. O grupo ainda não conhecia essa brincadeira, que por sinal, iríamos aprender e já adaptar.

O “Círculo esquimó” é uma brincadeira de origem australiana, lugar de temperatura climática baixa e que tem como elemento natural a neve. As crianças dessa região realiza essa brincadeira da seguinte forma: Unidas em forma de círculo, mãos estendidas, com as palmas viradas para cima, um dos jogadores modela uma bola de neve. O grupo move e faz com que a bola gire e percorra a roda. O movimento vai sendo acelerado, conforme a bola vai dando voltas até que esta se dissolve devido o calor das mãos. A brincadeira termina quando a bola cai no chão ou quando dissolve.

Considerando as possibilidades de elementos naturais da nossa região, construímos o brinquedo, utilizando a argila para produzir a bola. Com a intensão de manter a propriedade maleável, utilizamos um plástico transparente para envolvê-la e fizemos o acabamento estético com fita adesiva colorida. Expliquei a origem da brincadeira e forma de brincar como já mencionado acima. E realizamos a brincadeira. O primeiro desafio observado foi a harmonia do grupo, para criar sintonia e velocidade. Algo breve que só durou até o grupo se apropriar dos mecanismos da brincadeira. Atuação coletiva.

Esse é um excelente jogo de cooperação. Os jogadores precisam manter ritmo e equilíbrio sincronizados para alcançar o propósito que é manter a bola em movimento nas palmas das mãos. Com a configuração do brinquedo “a bola” com elemento de propriedade diferente, surgiu a questão? E quando termina a nossa brincadeira, já que argila não derrete? Segue a regra, quando a bola cair. Nosso segundo desafio foi dar nome à brincadeira. Porém o grupo chegou ao consenso de que manteria o nome original.

Ah! Preciso compartilhar uma experiência curiosa sobre a observação estética da bola que produzimos. Como em todo momento de construção de novo conhecimento, eu gosto de fazer registro fílmico. Então enquanto o grupo experimentava a brincadeira, filmei. A bola envolvida em fitas adesivas de cores diferentes, quando em movimento, dá a impressão de que está numa mescla de tinta dissolvida, um efeito visual lindo! E quando imagem estática mostra-se envolvida de fita, um objeto curioso, semelhante á um novelo de linha colorida. Se eu fosse dar outro nome á essa brincadeira seria “Círculo da mescla de cores”. A impressão do grupo também disse muita coisa. Mas mesmo assim fiz a segunda pergunta também muito importante num processo como este: O que vocês acharam dessa experiência? É muito importante ouvir as impressões de quem acabou de descobrir ou conhecer algo novo. Especialmente se for criança. Pois o mediador amplia sua capacidade de investigação e orientações.

Além das brincadeiras já mencionadas, experimentamos a brincadeira cantada “Mazu,Mazu...” divertidíssima que promove sobre tudo a interação e expressividade artística. Excelente para realizar nas dinâmicas de integração ou oficinas de musicalidade.

Observei que as professoras e professores ficam alegremente envolvidos quando as propostas acolhem suas inquietações. A situação de encontrar estratégias para estimular a interatividade entre as crianças, mesmo que estas não apresentem comportamento similar ao do personagem da história, são sempre bem vindas.

E as estreias das brincadeiras “Tocando piano com meus amigos” e “Estatuária onomatopeica”?  Foi incrível! Muito... muito... muitíssimo melhor do que eu imaginava quando estava vislumbrando. Experimentamos da seguinte forma: Eu estava na mediação e sugeri que as participantes caminhassem aleatoriamente e criassem um som onomatopeico, e fossem agregando à expressão sonora um jeito engraçado de andar que representasse sue som. Tinha cada expressão ilária! Experimentamos com variações de ritmo, de nível e de velocidade. A cada mudança ocorria o comando de estátua. Mas a sua sonoridade permanecia. Foi muito divertido! Essa brincadeira provocou a percepção mais aguçada relativas a capacidade de atenção audiovisual para quem apreciava e para quem produzia. Perceber em câmera lenta uma expressão onomatopeica sincronizada com a expressão corporal é muito interessante.

Fazíamos a reflexão sobre estes aspectos logo na sequencia dos acontecimentos e ainda podia fazer a repetição para uma observação mais atenta. Tanto de quem estava expressando quanto para quem estava parava para apreciar. Aproveitando a construção dos efeitos sonoros montamos o nosso piano com amigos e tocamos com eles. A princípio brincamos com as notas musicais convencionais. Depois extravasamos na experimentação das criativas notas onomatopeicas. Esta brincadeira provocou nas professoras a percepção de tempo no toque das notas. As repetições ou mesclas entre os timbres ou sons, produziram uma musica. Embora não seja com as notas convencionais, mas com tessitura musical. Isso é musicalidade. Essa é a expressividade inicial que precisa ser estimulada nas crianças, antes de constituírem conhecimentos em musicalização.

Colocar em prática, as brincadeiras que criamos, é uma experiência muito boa! Uma sensação de catarse! Será essa a impressão das crianças?

Ainda nesta perspectiva de reflexões sobre os jogos, brinquedos e brincadeiras que aprendemos na manifestação lúdica espontânea, ou seja, na interação e na troca com a intensão apenas de aprender como se brinca e brincar. Ocorreu a socialização e troca de impressões sobre dois jogos que não foram vivenciados neste encontro, mas apresentados e discutidos com o grupo. Os jogos “Bola imaginária”[1] e “Mostro meleca”[2] (variação da brincadeira monstrinho ou pega-pega) foram brincadeiras criadas pelas crianças e professoras dentro da proposta de investigação e nutrição do jogo dramático infantil e está catalogados em forma de coletânea intitulada de “Compartilhando Diversão e Descobertas” distribuída para as instituições de Educação Infantil do nosso município em 2013.  Foram contribuições importantes, sobretudo porque reafirmou o protagonismo das crianças na recriação das brincadeiras e a prática nutridora do profissional docente, como ocorre na orientação à criança na expressão do jogo dramático.

Refletir sobre o ato de brincar enquanto cultura é extremamente importante, pois brincar é uma manifestação natural das crianças, e que se configura como uma linguagem da infância, porque estabelece comunicação entre seu mundo interior com o mundo exterior.

Ao relacionar as situações de brincar como ensino aprendizagem na Educação Infantil é necessário considerar as duas dimensões aqui discutidas. Tudo o que até então foi mencionado, sobre as vivências brincantes com os professores foram relacionadas a esta concepção de brincar enquanto manifestação lúdica espontânea que está presente em todas as fases. Porém há outra questão que permeia a discussão do ensino aprendizagem e mediação pedagógica na Educação Infantil, que é o uso dos jogos, brinquedos e brincadeiras como recurso e estratégias de ensino. Essa é a perspectiva do ensino de forma lúdica. O brincar com propósito de estimular diferentes aspectos da aprendizagem e do desenvolvimento na infância. Nesta perspectiva ao promover momentos para experiências e descobertas através de brincadeiras, a/o profissional docente precisa desde a elaboração das propostas, demostrar com isso a intencionalidade pedagógica. Por isso se diz que para ensinar a brincar é preciso saber brincar. E para ensinar algo através do brincar é preciso conhecer quais são as necessidades e expectativas de aprendizagem das crianças, para utilizar o brincar como uma estratégia, ou como costumamos chamar de transposição didática. Essa é a outra dimensão que também foi discutida e experienciada neste encontro. E será descrita a seguir.


3.Uso dos brinquedos e brincadeiras como transposição didática ou com intencionalidade pedagógica.

Algo que requer além de muito cuidado, avaliação, elaboração e mediação estrategicamente atenta às necessidades e expectativas de aprendizagem como meta, tendo como foco principal as crianças e seus níveis de maturação. É necessário considerar ainda as diferenças entre as crianças. Esse é o perfil de olhar sensível e investigativo necessário. Para que as práticas pedagógicas nesta perspectiva, não sejam confundidas ou tornem se ineficazes para garantia da aprendizagem e desenvolvimento das crianças.

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Brinquedos e brincadeiras com intencionalidade pedagógica

 

3.1- Socialização das experiências dos professores na sua prática pedagógica.

Além do relato dos professores que trouxeram o recurso, os demais presentes também vieram somar com excelentes contribuições a partir da apreciação do material trazido pelo colega, mostrando outras estratégias que poderão ser desenvolvidas se, por exemplo, forem utilizados com crianças de diferentes faixas etárias. Esse é um rico detalhe que merece muita atenção ao aplicar os mesmos recursos para faixa etárias diferentes. É necessário considerar as etapas de desenvolvimento e maturação das crianças. 


Assim como as regras das brincadeiras que vão se complexibilizando de acordo com o nível de maturação do grupo brincante. O próprio recurso a ser utilizado também precisa ser estrategicamente pensado, não apenas para garantir o prazer, a aprendizagem e desenvolvimento, mas também para garantir a segurança.

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Socialização das experiências


3.2- Reflexões sobre o brincar de boneca.

Ao apresentar uma boneca como recurso pedagógico, levantei os questionamento: Na nossa cultura, envolver bonecas nas brincadeiras é coisa de menina. Mas o quê que desenvolve na menina, quando brinca de boneca? As respostas foram evidentes. Desperta carinho, o sentido de cuidar, afetividade. Daí levantei outro questionamento: Mas as práticas do cuidado e os sentidos afetivos não precisam ser desenvolvidos também nos meninos?

Ao perceber a precisão de intervir nas necessidades e expectativas de aprendizagem das crianças, e elaborar momentos para experiências e descobertas no campo do comportamento e expressão afetiva, atitudes de cuidado, auto estima, imagem, interação,  entre outras no âmbito da formação pessoal e social  que a identidade e autonomia corresponde, que estratégias podem ser utilizadas?                       

4- Investigação, análise e construção dos brinquedos: Cubo ou Cantinho sensorial, Painel ou Trilha Psicomotora, Quebra-cabeça 3D.


As reflexões feitas neste momento decorrem da compreensão sobre o significado do brincar para o desenvolvimento infantil, importante conhecimento para a formação e atuação que as professoras e professores da primeira infância precisam ter para utilizar de forma adequada os brinquedos e brincadeiras, distinguindo o significado de brincar enquanto expressão cultural ou manifestação lúdica espontânea e enquanto transposição didática, ou seja, o uso de brinquedos e brincadeiras com intencionalidade pedagógica. Considerando que ambas dimensões são importantíssimas.


Painel ou Trilha Psicomotora

Há materiais que temos ou não na escola, e que mesmo sabendo utilizar é preciso também investigar com as crianças novas formas de uso. Especialmente para fazer a transposição didática. A utilização da criança muitas vezes é de forma lógica e espontânea. E a partir disso mediador pode retirar novas estratégias de uso. Essas estratégias deverão ser as que transpõem aquela que a criança já sabe fazer. Propor desafio e potencializar o que já e domínio da criança. O Painel ou Trilha Psicomotora, assim como na dinâmica anterior, também foi apresentado que trouxeram as seguintes ideias. Para a intencionalidade pedagógica, este recurso pode ser utilizado para estimular atenção e coordenação viso motora, motricidade fina, lateralidade e sentido de direção, concentração, paciência, imaginação além do reconhecimento das cores, tipos de linhas, noções de quantidade, entre outros; em atividades individuais ou de grupos.

Quebra-cabeça 3D ou Cubo de nove faces

Esse é um recurso lúdico excelente ser utilizado com intencionalidade pedagógica. Pois as crianças ficam instigadas! Permiti-las manusear então... Não cabe dizer. Pois esse é um recurso que tem sua funcionalidade a partir do manuseio. Considerando também todas as observações ditas anteriormente sobre a investigação da criança, com este brinquedo é essencial não apenas observar, mas também ouvir a criança nas entrelinhas. A escuta sensível nos garantirá a acolhida de muitas informações interessantíssima para quando formos elaborar as propostas de mediação, intervenção e avaliação.

Como também foi projetado na perspectiva da educação inclusiva, considerando as crianças com cegueira. Uma das versões que elaborei como quebra-cabeça, as imagens são em alto relevo, faces com texturas diferenciadas, dentro dos cubos das extremidades têm coloquei sementes de um lado e areia do outro. Com a intenção de provocar estímulo auditivo, reconhecimento e orientação sonora.

Este recurso é uma variação do cubo mágico. Do ponto de vista ludo-pedagógico, considero até mais interessante. Pois ele nos dar diversas possibilidades de uso como transposição lúdica e didática.

Após manuseio, passamos a etapa de análise e levantamento de indicadores de possibilidades de uso. As professoras e os professores indicaram que este recurso permite a potencialização das capacidades das crianças, desde a atenção, equilíbrio, coordenação viso motora, orientação espacial, velocidade, força, à competências, conhecimentos e habilidades com lógica matemática seja na contagem oral, seja na contação de uma história na sequência temporal, iniciativa, imaginação e expressão linguística e artística. E na perspectiva da manifestação lúdica pela criança, apontaram encantamento e curiosidade seriam as reações imediatas. E destacam “não necessariamente nesta ordem”. Mas a iniciativa de pegar, manusear e dizer alguma coisa sobre o brinquedo foi um ideia em consenso no grupo. Gostei muito das contribuições do grupo sobre este recurso.

Ainda sugeri mais algumas, pensando na faixa etária e desafios que precisam ser propostos considerando os níveis de maturação.

Para crianças de 2 a 3 anos, propor o uso como quebra-cabeça 3D. Usar imagens nas faces do cubo. Inicialmente imagens das próprias crianças do grupo. Para manusearem com a tentativa de montar o quebra-cabeça. No caso de crianças sem a visão, usar um recurso conforme descrevi anteriormente com alto relevo e texturas.

Para crianças de 4 anos, que já apresentam os aspectos da oralidade mais desenvolvidos, propor outro desafio.  Colar imagens aleatórias ou fotografias de acontecimentos diários em que as crianças estiveram presentes, e sugerir que criem e contem uma história a partir das imagens.

Para as crianças de 5 anos propor o reconto de uma história curta e já conhecida. Pois o desafio será manusear o cubo para encontrar a imagem correspondente à sequência da história.

Estas estratégias podem estimular a percepção visual, reconhecimento de si e/ou do outro na imagem, dimensão cúbica, manuseio com ativação dos dois hemisférios cerebrais (direito e esquerdo), experiência lógica matemática, na organização das estruturas de imagens, na organização da oralidade e na criação e narrativa dos fatos ocorridos na história, ampliação do repertório linguístico com o estímulo ao uso estruturado da linguagem oral, entre outras que ocorrem no campo das percepções dos aspectos afetivo, sócio interativo e psicomotor.

Visualize o Quebra cabeça 3D ou Cubo Mágico

 

5- Orientações sobre o estudo experimental junto com as crianças na prática pedagógica.

Todo conhecimento é fruto de uma aprendizagem que foi compreendida (metacognição), armazenada e decodificada (autorregulação) e que pode ser ensinada (transferência). Esse é um processo natural das nossas experiências docentes, não é mesmo! Assim como nas experiências de nossas crianças! Todos com potencialidade em diferentes níveis de aprendizagem.


A partir das diversas formas de experiências vivenciadas no nosso encontro formativo sobre brinquedos e brincadeiras, onde pudemos refletir sobre a importância dessa dimensão lúdica na nossa vida e na infância de nossas crianças, escolha um dos brinquedos que você construiu neste encontro para realizar um estudo experimental.

  1. Deixe o brinquedo acessível para uma ou um grupo de crianças, para que possam utilizar. Apenas observe e registre quais foram as estratégias que as crianças criaram para brincar com aquele objeto.
  1. Use o mesmo brinquedo com um propósito didático pedagógico, descreva quais são os objetivos, estratégias e como se deu o envolvimento das crianças durante o desenvolvimento.
  1. Inclua suas impressões sobre a experiência, relacionando com os conhecimentos teóricos.


6. Minhas Impressões.

Sou suspeita para expressar que as propostas que realizei neste encontro foram ótimas. Porém no contato com os profissionais que se envolveram, as propostas tornaram-se excelentes!

Desejo que possam colocar em prática as descobertas realizadas e que descubram novos universos juntos com as crianças. Estes são os nossos verdadeiros mestres. Os exemplos dados sempre são melhores quando partem de uma realidade vivenciada. E como disse Geraldo Peçanha, na dedicatória em um dos seus livros “... os meninos que brincam com o corpo para encontrar o prazer da alma.” Que sejamos como eles. Livres do peso do “tem que” para sentir na realização das nossas práticas e na nossa vida o prazer de existir com simplicidade e significado. Essa é a essência do ser humano lúdico.

É sempre bom lembrar que as propostas didáticas devem estar dentro de um contexto temático que considere especialmente as necessidades das crianças, seus níveis potenciais e as expectativas de aprendizagens relativas aos seus níveis de maturação. Estejam estrategicamente relacionadas ao sentimento de pertencimento sociocultural. E deve iniciar sempre dando diversas possibilidades de investigação e contribuição do ponto de vista das crianças.

Confira mais registros fotográficos e vídeos por meio dos links abaixo:

Registros fotográficos das formações

Formações com professores e Coordenadores da Educação Infantil

 

PARTICIPAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO DESFILE CÍVICO 










ACOMPANHAMENTO DA CONSTRUÇÃO DAS PROINFÂNCIAS

Nosso olhar desde o início para cada detalhe que pode ser visualizado. 






ACOMPANHAMENTO DO ENCERRAMENTO DO ANO LETIVO 2014




Então pessoal... Como vocês podem ver 2014 foi um ano cheio de realizações instigantes!!!! Os artigos sobre as formações descritas aqui, estão publicados na íntegra no livro Olhar sensível sobre o desenvolvimento na infância: Pesquisas sobre a prática pedagógica. Claudinéia da Silva Barbosa. Itaberaba – Bahia 2014.


\(´∀)/♡ Sejam sempre bem vind@s!

E volte quando desejar! Bjins azuis no seu coração!

Claudinéia \(´)/♡ e Ana Claudia\(´)/





Referências

ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. Teoria e Prática em Psicomotricidade: Jogos, atividades lúdicas, expressão corporal e brincadeiras infantis./ Geraldo de Almeida Peçanha. 6ª ed. RJ. Wak Editora. 2009. 160 p.

ANDERSEN, Roberto. Afetividade na Educação: Psicopedagogia / 2ª ed. São Paulo: All Print Editora, 2011.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Brinquedos e brincadeiras na creche: Manual de orientação pedagógica. / Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC/SEB, 2012

HORN, Maria da Graça Souza. Sabores, cores, sons e aromas: A organização dos espaços na Educação Infantil / Maria da Graça Souza Horn – Porto Alegre: Artemed, 2004.

LAKOMY, Ana Maria. Teorias Cognitivas da Aprendizagem / Ana Maria Lakomy. 2ª Edição rev. e atual. Ibpex, 2011.

MALUF, Angela Cristina Munhoz. Atividades lúdicas para a Educação Infantil: Conceitos, orientações e práticas / Angela Cristina Munhoz Maluf. 3ª ed. – Petrópolis - RJ, Vozes, 2012.

MEYER, Cybele. Inteligências na prática educativa. Cybele Meyer. Curitiba: Ibpex, 2011.

STEINLE, Marlizete Cristina Bonafine. Educação da criança de 0 à 5 anos: Pedagogia / Marlizete Cristina BonafineSteinle, Juliana Telles Faria Suzuke. – São Paulo: Pearson Pretice Hall, 2009.

ZAZONEL, Bernadete. Brincando com música na sala de aula: Jogos de criação musical usando a voz, o corpo e o movimento / Bernadete. Zazonal. – Curitiba. Ibpex, 2011.

Imagens feitas por Claudinéia Barbosa / Momentos de investigação, produção e formação. Divulgadas no blog Cultura, Educação e Inter@tividade na Educação Infantil. Link: http://interagiraquieagora.blogspot.com.br/

 



[1] Crianças da turma do I Período e Professoras Marilene Lima e Arlete Moreira da Escola M. Solidária Cantinho do Saber em 2013.

[2] Crianças da turma do II Período e Professoras Vanusa Moreira, Mª Benta Santana e Eucilene dos Santos da Pré Escola M. Aloísio Sampaio em 2013.